O pilar Fortalecimento Institucional do Programa Amazônia experimentou avanços significativos em 2014, com a estruturação do Plano de Desenvolvimento Territorial na região do Médio Juruá, área de conservação ambiental com cerca de 250 mil hectares, no Amazonas. Na região, encontram-se comunidades fornecedoras de andiroba e murumuru.
Por meio de arranjos multissetoriais, que envolvem poder público, organizações de base, sociedade civil e setor privado, busca-se criar sinergias entre diferentes programas e impulsionar o impacto de iniciativas de desenvolvimento nas dimensões social, ambiental e econômica. Utilizando como base as vocações, os recursos e as potencialidades locais, o objetivo é construir uma identidade integradora, criar vantagens competitivas e garantir a sustentabilidade ao longo do tempo.
Com o fortalecimento de instituições e espaços de participação democrática e o engajamento de múltiplos atores do Médio Juruá, foi elaborado um diagnóstico participativo e definida uma matriz de materialidade para o território, elencando os temas prioritários para o desenvolvimento da região (educação, conservação ambiental, geração de renda, acesso ao mercado, infraestrutura, inclusão e fortalecimento social, entre outros). A partir daí, os participantes puderam repensar sua atuação no território, mapear sinergias e estruturar projetos que atendam às questões apontadas como críticas. Todo esse processo deu origem ao Plano de Desenvolvimento Territorial – Juruá, uma agenda compartilhada que conta com um conselho específico e promove encontros bimestrais para avaliação dos compromissos, metas e indicadores construídos coletivamente. O protagonismo e a participação da Natura se concentram nos temas de geração de renda da cadeia de oleaginosas, educação e inclusão e fortalecimento social.
Para conhecer o real impacto do Plano de Desenvolvimento Territorial, a Natura começou a pesquisar metodologias de mensuração. Identificou o Índice de Progresso Social (IPS), ferramenta desenvolvida por especialistas engajados na análise do progresso social dos países independente do desenvolvimento econômico, abrangendo mais de 50 indicadores sociais e ambientais.
Em 2014, o índice foi lançado em âmbito mundial. Nesse mesmo ano, a Natura se uniu à rede #Progresso Social Brasil para discutir formas de aplicação do IPS em realidades regionais, como os territórios prioritários de atuação da empresa na Amazônia. Com outros parceiros, teve início, no segundo semestre de 2014, um projeto pioneiro de coleta de dados e desenvolvimento do IPS aplicado a um território específico, batizado de IPS – Comunidade. Os resultados desse piloto serão conhecidos em 2015 e poderão medir a evolução da estratégia de desenvolvimento territorial e dar origem a novos planos de ação.
Outras iniciativas do Programa Amazônia
Territórios prioritários do Programa Amazônia
São cinco territórios prioritários (Baixo Tocantins – nordeste paraense, Xingu-Tapajós, Acre-Purus, Médio Juruá e Manaus Norte-Sul), totalizando 57 municípios. Em 2014, a atenção foi concentrada nas regiões do Médio Juruá e Baixo Tocantins – nordeste paraense. Em 2015, o trabalho deverá ser fortalecido também no Xingu-Tapajós