Governança
Governança

Em contínuo movimento

Evoluções na gestão refletem o compromisso da Natura com as melhores práticas de governança e com a estratégia de futuro da companhia

Em outubro de 2014, a Natura passou a contar com um novo membro no Conselho de Administração, assegurando a formação adotada desde 2012, que prevê três representantes do grupo controlador e seis conselheiros externos, dos quais três independentes. Essa composição pretende garantir o equilíbrio, a transparência e a neutralidade nas tomadas de decisões estratégicas. Para a posição, a empresa convidou Silvia Lagnado, executiva brasileira radicada no exterior. Sua chegada ao conselho, além de promover a diversidade de gênero, aporta importantes contribuições para a Natura com base em sua vivência executiva internacional no mercado de cosméticos e higiene pessoal.

O ano também consolidou a profissionalização do conselho, cuja presidência é comandada por Plínio Villares Musetti desde abril de 2013. O encerramento do modelo de copresidência, até então exercido pelos acionistas controladores, endossa o pioneirismo da Natura em práticas de governança. Empresa de capital aberto desde 2004, a Natura integra o Novo Mercado, da BM&FBovespa, que inclui as companhias com o nível mais avançado em governança corporativa.

O conselho reuniu-se sete vezes em 2014, sendo uma delas no México, de forma a possibilitar a imersão dos conselheiros nas Operações Internacionais e sua interação com os executivos da Natura em outros países. No Brasil, essa maior aproximação com os negócios locais também ocorreu, por meio de visitas às fábricas e ao novo Centro de Distribuição São Paulo (CDSP). Para 2015, pretende-se ampliar essa proximidade com o dia a dia da empresa, em encontros com consultoras, reuniões estratégicas de vendas e visita aos painéis de controle de logística e tecnologia.

Integrantes do Conselho de Administração

Plínio Villares Musetti (presidente)

É presidente do Conselho de Administração da Natura. Graduado em Engenharia Civil e Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie.

Foi presidente-executivo da Elevadores Atlas Schindler e da Satipel Industrial e sócio do J.P. Morgan Partners. É também membro do Conselho de Administração da Raia Drogasil, da Adecoagro e da Portobello.

Antonio Luiz da Cunha Seabra

É fundador e acionista controlador da Natura. Integra o Conselho de Administração da empresa. Graduado em Economia, ocupou os cargos de superintendente da Remington Rand do Brasil e gerente dos Laboratórios Bionat, onde se apaixonou pela cosmética.

Guilherme Peirão Leal

É membro do Conselho de Administração da Natura e cofundador da empresa. Graduado em Administração de Empresas pela USP (Universidade de São Paulo), concluiu o Programa de Administração Avançada da Fundação Dom Cabral/Insead.

Participou da criação e promoção de várias organizações da sociedade civil, como Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente, Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e Instituto Akatu para o Consumo Consciente, além da participação em outras entidades. Criou, ainda, o Instituto Arapyaú, uma organização dedicada à educação e ao desenvolvimento sustentável.

Pedro Luiz Barreiros Passos

É membro do Conselho de Administração da Natura e cofundador da empresa. É graduado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), com extensão em Administração de Empresas pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Preside o Conselho de Administração da Totvs, da Fundação Mata Atlântica e do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Integra também o Conselho Curador da FNQ (Fundação Nacional da Qualidade), entre outras entidades

Marcos de Barros Lisboa

É membro independente do Conselho de Administração da Natura. Economista, PhD em Economia pela University of Pennsylvania (EUA). Foi professor assistente do Departamento de Economia da Standford University e da EPGE/Fundação Getulio Vargas, entre outras atividades em órgãos públicos e privados.

É diretor-executivo do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) e membro do Conselho de Administração da Ambev.

Julio Moura Neto

É graduado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Federal de Tecnologia (ETH) de Zurique (Suíça), com mestrado pela MIT Sloan School of Management, Cambridge (EUA).

Já exerceu cargos em diferentes companhias. Atualmente, além de membro do Conselho de Administração da Natura, compõe o Conselho de Administração da Adecoagro S.A., da Cencosud S.A. e da Brinox Metalúrgica S.A.

Luiz Ernesto Gemignani

É membro independente do Conselho de Administração da Natura. Graduado em Engenharia Mecânica pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), com cursos de especialização em Administração e Finanças, como o Advanced Management Program, da Harvard Business School.

Atualmente, é vice-presidente do Conselho de Curadores da FNQ (Fundação Nacional da Qualidade) e presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Akatu. Preside também o Conselho de Administração da Promon S.A.

Raul Gabriel Beer Roth

É graduado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo). Atuou durante 25 anos na PwC (PricewaterhouseCoopers), como sócio líder da prática de corporate finance no Brasil, entre outras funções.

É sócio-diretor da R. Beer Consultores, atuando como assessor empresarial nas áreas de finanças, estratégia, negociação e avaliação de empresas.

Silvia Freire Dente da Silva Dias Lagnado

É membro independente do Conselho de Administração da Natura. Graduada pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo). Foi chief marketing officer e presidente da Bacardi Global Brands e esteve na Unilever por 25 anos, ocupando posições globais em diferentes categorias de produtos.

Atualmente, é membro independente dos conselhos da Sapient Corp., consultoria com foco em tecnologia digital e marketing dos Estados Unidos, e da Britvic Plc, que atua com produção e marketing de refrigerantes no Reino Unido

Comitês de apoio

Boas práticas de governança pressupõem um processo evolutivo contínuo que, algumas vezes, leva a repensar determinadas escolhas em prol da busca pela excelência na tomada de decisões estratégicas. Com essa perspectiva, os acionistas controladores Antonio Luiz Seabra, Guilherme Peirão Leal e Pedro Luiz Barreiros Passos, também fundadores da empresa, voltaram a integrar, em 2014, os comitês de apoio do Conselho de Administração, com exceção do Comitê de Auditoria, cuja participação permaneceu restrita a conselheiros externos. Os comitês de apoio reúnem-se com periodicidade definida para discutir e estudar propostas, bem como fazer recomendações ao conselho. Assim, pretende-se revigorar os temas debatidos e ampliar os vínculos desses conselheiros com os rumos estratégicos da Natura, tendo em foco o olhar permanente nas crenças e nos valores que norteiam a razão de ser da companhia.

Com essas mudanças em curso, o Conselho de Administração optou por não realizar, em 2014, um processo formal de autoavaliação. Tal iniciativa pretende avaliar questões como a dinâmica das reuniões, o fluxo de informações e a própria formação do conselho. Ela será retomada em 2015, de maneira que possa acompanhar o amadurecimento e a consolidação das escolhas estruturais feitas até então.

Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Finanças: tem a missão de assegurar a operacionalização dos processos de auditoria interna e externa e dos mecanismos e controles relacionados à gestão de riscos e a coerência das políticas financeiras com as diretrizes estratégicas e o perfil de risco do negócio. A gerência de auditoria interna reporta-se ao comitê, responsável também pela recomendação dos auditores externos a serem contratados pela companhia e pelo acompanhamento de seu trabalho. O comitê reúne-se mensalmente. Em 2014, ocorreram dez encontros.

Participantes
Ocupação
Marcos de Barros Lisboa
(membro independente)
Presidente
Luiz Ernesto Gemignani
(membro independente)
Membro
Gilberto Mifano
Consultor
Lavínia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira
Consultor
Lucilene Silva Prado
Consultor
Mercedes Stinco
Secretário

Comitê de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional: responsável por subsidiar o Conselho de Administração na tomada de decisões relativas às estratégias, às políticas e às normas de Recursos Humanos – no que se refere ao desenvolvimento organizacional, ao planejamento e desenvolvimento de pessoas e a remunerações e benefícios dos executivos –, bem como apoiá-lo no acompanhamento e direcionamento das questões ligadas à área de Sistemas de Gestão. O comitê reúne-se mensalmente. Em 2014, ocorreram sete encontros.

Participantes
Ocupação
Plínio Villares Musetti
Presidente
Antonio Luiz da Cunha Seabra
Membro
Guilherme Peirão Leal
Membro
Pedro Luiz Barreiros Passos
Membro
Luiz Ernesto Gemignani
(membro independente)
Membro
Moacir Salzstein
Secretário

Comitê Estratégico: responsável por contribuir para o monitoramento e direcionamento da estratégia corporativa da companhia, respeitando as diretrizes estratégicas aprovadas pelo Conselho de Administração. O comitê é responsável ainda pela transferência dos conceitos, valores e crenças e pelo apoio à perpetuidade da companhia. O comitê reúne-se mensalmente. Em 2014, ocorreram sete encontros.

Participantes
Ocupação
Plínio Villares Musetti
Presidente
Antonio Luiz da Cunha Seabra
Membro
Guilherme Peirão Leal
Membro
Pedro Luiz Barreiros Passos
Membro
Julio Moura Neto
Membro
Silvia Freire Dente da Silva Dias Lagnado
(membro independente)
Membro
Moacir Salzstein
Secretário

Comitê de Governança Corporativa: monitora o funcionamento de todo o sistema de governança corporativa da Natura, além de acompanhar a evolução das melhores práticas internacionais de governança corporativa e propor ajustes e evoluções no sistema de governança corporativa da Natura sempre que julgar necessário. Em 2014, ocorreram 12 encontros.

Participantes
Ocupação
Plínio Villares Musetti
Presidente
Antonio Luiz da Cunha Seabra
Membro
Guilherme Peirão Leal
Membro
Pedro Luiz Barreiros Passos
Membro
Moacir Salzstein
Secretário

A Natura divulgou, em 2014, sua Política para Transações com Partes Relacionadas, para que as decisões identificadas como potenciais geradoras de conflito sejam tomadas com transparência e de acordo com os interesses da empresa. A política está sob a supervisão do Comitê de Auditoria.

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